terça-feira, 30 de julho de 2013

Uma Pequena Lembrança

Rubens Barrichello. Um piloto que muitos lembram, mas por pouca coisa. Quase 20 anos de carreira na Formula Um, não conseguiu se impor com toda a habilidade que tinha. Por isso, acabou caindo na armadilha de virar piada.

Lembro-me da primeira vitória dele. Eu posso dizer que estava lá (de frente à televisão). Largou nas últimas filas do grid e foi caçando, posição após posição. E eu, que já gostava de acordar domingo de manhã para assistir corridas, estava vendo Rubinho fazer coisa de gente muito grande.

Teve de tudo naquela corrida: um cara entrou na pista completamente bêbado, acidentes e mais acidentes, chuva caindo em parte do gigantesco circuito de Hockenheim. Este último, parecia tirar o triunfo de suas mãos. Mas ele foi firme, segurou o volante do carro para manter o carro com pneu de pista seca na pista molhada tão forte quanto a vontade que tinha para ganhar. E então conseguiu.

Acho que lembro de quase tudo. Eu estava vidrado desde o momento que a chuva caiu e gritei “Rubinho!” quando ele venceu. Galvão Bueno começou com aquelas frases bestas, minha mãe dando um berro e eu abraçando ela, meu pai aplaudindo, abrindo um largo sorriso. Não sei se foi o fato de eu ter apenas seis anos de idade e ouvir o tal “Tema da Vitória” pela primeira vez ou se foram meus pais, que viram e viveram a Formula Um dos anos 80 (com Piquet, Prost, Mansell e, claro, Senna), se emocionando de novo que me fizeram chorar àquela manhã. E dali em diante, virava eu um fã de automobilismo.

Acontece que, depois, eu passei a me sentir mais feliz acordando cedo. E torcia de verdade para Rubens Barrichello, para ver se me sentia tão emocionado quanto naquele 30 de julho de 2000. E daí passei a me lembrar que todo mundo tem tudo para ser ídolo de alguém.

13 anos, Rubinho... 13 anos...